Mercado imobiliário em 2021: como evoluirá o preço das casas

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A pandemia está a exercer um impacto severo na economia, mas nem todos os setores sofreram na mesma medida. Na verdade, existem áreas de atividade que têm demonstrado uma maior resiliência. É o caso do mercado imobiliário em Portugal. Apesar de o número de transações de habitações ter caído 23% no 2.º trimestre de 2020, nos três meses seguintes estas registaram uma recuperação apreciável. Também os preços das casas continuam a crescer, ainda que a um ritmo menor. A grande dúvida é saber como irá comportar-se o mercado imobiliário em 2021. Será que o preço das casas vai baixar? 


Quais os fatores de pressão no mercado imobiliário em 2021? 

Tendo em conta a crise inédita e sem precedentes a que assistimos, torna-se difícil fazer uma previsão do mercado imobiliário em 2021. No entanto, há sinais que apontam para um abrandamento dos preços das casas. De acordo com os últimos dados do Índice de Preços da Habitação, do Instituto Nacional de Estatística, relativos ao 3.º trimestre de 2020, os preços das casas cresceram 7,1%, comparativamente ao período homólogo. Ainda assim, tratou-se da taxa de crescimento mais baixa dos últimos quatro anos. E se analisarmos a evolução do preço das casas no período entre abril e setembro, é possível verificar-se que os valores praticamente estagnaram. Pois bem, estes são alguns sinais que apontam para uma clara desaceleração. Aliás, a agência de rating Moody’s, numa análise ao setor imobiliário na Europa publicada no final de novembro do ano passado, previa mesmo uma queda de 2% dos preços das casas em Portugal para 2021. Também o Banco de Portugal alerta para o risco de haver uma correção de preços neste mercado. 


Riscos sobre a evolução dos preços das casas 

  • Por um lado, existirá uma natural tendência da banca para uma maior restritividade nos critérios de concessão de crédito, por via dos riscos associados ao contexto atual que vivemos. 
  • Ao mesmo tempo, as moratórias concedidas para créditos hipotecários vão terminar a partir de 30 de setembro de 2021. Isto porque poderá funcionar como um fator de pressão adicional sobre o setor. 
  • E se a crise se prolongar, e o setor do turismo tardar em recuperar, há também o risco de muitas casas que atualmente estão vocacionadas para o alojamento local serem vendidas (ou colocadas no mercado de arrendamento tradicional), o que poderá contribuir para um excesso de oferta de imóveis no mercado. 


Apesar destes riscos, o facto de vivermos num cenário de taxas de juros muito baixas torna o investimento no imobiliário mais atrativo, comparativamente ao investimento noutras classes de ativos mais tradicionais – o que poderá funcionar como um driver para o setor. 


Assim, antevê-se que 2021 seja um ano de maior cautela e de alguma incerteza. Por essa razão, o recurso ao apoio de profissionais especializados é fundamental no atual cenário. Se está a pensar em comprar uma casa, consulte os imóveis que estão disponíveis no portal da Nolon e procure aconselhamento com os nossos profissionais.